Reino triunfante da metáfora:
tudo é metáfora em Arcimboldo. (Barthes, O óbvio e o obtuso, p. 139)
Arcimboldo desfaz objetos familiares para produzir outros novos, estranhos, por um verdadeiro ato de violência, que é o trabalho do visionário.
Outras vezes faz metáforas somente mudando os objetos de lugar: substitui os dentes do personagem que representa a água pelos dentes de um esqualo, não toca no objeto, mas faz com que ele salte de um reino para outro.
A metáfora é aqui a exploração de uma identidade, até mesmo uma tautologia que simplesmente deslizou e mudou de contexto. (Barthes, O óbvio e o obtuso, p. 140)
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